AMBIENTAL
O Bioma Amazônico chega ocupar uma área de 4.196.943 Km², que corresponde mais de 40% do território nacional e é constituído principalmente por uma floresta tropical. A Amazônia passa pelos territórios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do território do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. É formada por distintos ecossistemas como florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras. Mesmo sendo o nosso bioma mais preservado, cerca de 16% de sua área já foi devastada, o que equivale a duas vezes e meia a área do estado de São Paulo.
A vegetação divide-se em três categorias: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó. As matas de terra firme são aquelas que estão em regiões mais altas e por este motivo não são inundadas pelos rios. Nelas estão árvores de grande porte, como a castanheiro-do-pará e a palmeira.
As matas de igapó são as que estão situadas em terrenos mais baixos. Estão quase sempre inundadas. Nelas a vegetação é baixa: arbustos, cipós e musgos são exemplos de plantas comuns nestas áreas. É nas matas de igapó que encontramos a vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia.
As matas de várzea são as que sofrem com inundações em determinados períodos do ano. Na parte mais elevada desse tipo de mata, o tempo de inundação é curto e a vegetação é parecida com a das matas de terra firme. Nas regiões planas, que permanecem inundadas por mais tempo, a vegetação é semelhante a das matas de igapó.
Novo Aripuanã está situado nesse magnífico bioma entre a margem direita dos rios Madeira e Aripuanã, distante 225 km em linha reta (via aérea) e 376 km por via fluvial da capital Manaus. Dispõe de uma área territorial de 41.191 km2 e representa 23,2% da região Sudeste do Estado do Amazonas. O município limita-se a norte e leste com Borba, a oeste com Manicoré e ao sul com Apuí e Estado do Mato Grosso.
O município possui acesso terrestre, fluvial e aéreo. O terrestre se dá através da rodovia estadual AM-174 que o conecta ao município de Apuí (BR-230 Transamazônica). O transporte fluvial é feito pelo Rio Madeira e Aripuanã e nos rios secundários Arauá e Aracú, com tráfego menos intenso.
Com aproximadamente 46,4% de sua área com caracterização territorial definida. O restante são áreas de domínio da União e do Estado sem estudo de discriminação. As áreas protegidas estão compostas por duas terras indígenas, um Parque Nacional e cinco UC estaduais de uso sustentável. Todas as áreas protegidas juntas representam cerca de 40% da área total do município, com mais de 6% da área alocada em Projetos de Assentamento. Existe ainda uma sobreposição de cerca de 110.000 hectares entre o PAE Aripuanã-Guariba e o Parque Nacional dos Campos Amazônicos.
O uso da terra se concentra na agricultura de subsistência e no extrativismo vegetal e animal. O desmatamento para a abertura de pastagens acontece mais próximo à sede do município e no PA Acari (mais propriamente ligado à população de Apuí) e em alguns pontos isolados que configuram a grilagem e posse de terras em áreas remotas e de difícil acesso, principalmente às margens do Rio Acari.
Com uma economia em crescimento, Novo Aripuanã inda é dependente de produtos agrícolas e manufaturados da capital Manaus e principalmente da importação de animais de Apuí. A extração ilegal de madeira (sem os devidos planos de manejo ou autorização de desmate das áreas) foi reportada como problema ambiental e motivo de conflitos em 50% das 12 reuniões comunitárias ocorridas em 2006 para o diagnóstico do município que serve de base para o Zoneamento Ecológico Econômico (SDS 2009). A extração de seixos no leito do Rio Aripuanã ainda é uma ameaça aos processos ecológicos da bacia.
A produção agrícola se concentra nas comunidades ribeirinhas localizadas ao longo dos rios Aripuanã, Madeira, Aracú e Arauá, e na estrada NAP 01 que, de maneira geral, cultivam áreas de até 20 ha, principalmente de subsistência e extrativismo (SDS 2009). Na agricultura familiar destacam-se as culturas de mandioca, milho, arroz, banana, melancia, cana-de-açúcar, abacaxi, feijão, café, guaraná, cacau, cupuaçu, mamão, coco, açaí e hortaliças.
A preocupação ambiental em Novo Aripuanã fez com que assumíssemos uma vertente de grande relevância para o bem-estar do nosso povo, o meio ambiente. Sabemos que o uso de nossos recursos de forma sustentável é essencial para uma sociedade próspera e desenvolvida, por isso o Instituto Xiu acredita que por meio de campanhas, estudos, parcerias e ações voltada para o segmento, podemos ter um meio ambiente que supra as necessidades das gerações atuais e futuras.
As informações acimas foram adaptadas de Cenamo, Mariano Colini. Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+): Estudo de Oportunidades para o Sul do Amazonas/ Mariano Colini Cenamo; Gabriel Cardoso Carrero; Pedro Gandolfo Soares. –vol 1. Manaus, 2011. 56f. Série Relatórios Técnicos vol.1 Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas – IDESAM Bibliografia ISBN: 978-85-64371-00-2 1. Desmatamento. 2. Créditos de Carbono. 3. Governança Florestal. 4. Políticas públicas. I. Título. II Cenamo, Mariano Colini. III. Carrero, Gabriel Cardoso. IV. Soares, Pedro Gandolfo. V. Série.
Disponibilizamos a seguir uma ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais no qual é possível realizar o monitoramento dos focos de calor no território de Novo Aripuanã, clique no link abaixo e navegue a vontade.
Muitos estudos são produzidos constantemente sobre o bioma amazônico, porém poucas pessoas fazem uso ou tem acesso a essas informações. Disponibilizamos a seguir os links para os principais portais que publicam pesquisas sobre os mais variados assuntos científicos e sobre esse tão importante ecossistema que é a amazônia.